A OBRA
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Para
auxiliar na colonização, os portugueses lançam mão da política escravocrata, pois
era necessário mão-de-obra farta e barata para a extração agrícola. O comércio
escravagista, com a captura dos negros em suas aldeias na África, seu transporte
através do oceano Atlântico em navios negreiros, com os leilões humanos ocorrendo
em praças públicas, torna-se muito rentável, gerando ainda mais divisas aos
cofres da Coroa.
E aquele
vasto território quase inexplorado passa a ser cobiçado por muitas nações que chegaram
atrasadas nas grandes descobertas acontecidas cem anos antes. Acontecem então
as invasões estrangeiras em solo brasileiro.
O romance K’sara
Brasil se passa neste período turbulento, durante as invasões holandesas ao Brasil.
O negro que
dá título a esta obra foi capturado em sua aldeia e, após atravessar o
Atlântico nos porões de um navio negreiro, é comprado por um senhor de escravos
e levado para trabalhar em uma lavoura de cana-de-açúcar na Capitania de
Pernambuco.
Ele viu a
sua família ser dizimada no momento de sua captura. Foi forçado a aprender
aquela nova cultura, que lhe era imposta através de açoites do chicote. E após
um período de depressão motivado pela sucessão de trágicos acontecimentos, o negro
decide que não irá tolerar aquela submissão. Começa então a arquitetar o plano
de resgatar a sua liberdade e poder oferecer este privilégio aos outros negros
do lugar.